31 de maio de 2006
As árvores continuam a ser destruídas.
As crianças continuam a ser utilizadas.
Os resíduos continuam a intoxicar o ambiente.
Dizem que quando não compreendemos o "outro lado", o melhor seria colocarmo-nos nesse outro lado e tentar perceber as razões.
Mas eu só percebo um interesse desmedido ( mesmo sem medida! ), um lucro. E um lucro fácil.
Agora caminho no meio de uma floresta.
Crianças lindas, verdes como as folhas das árvores brincam às escondidas entre elas, as árvores e o sol, que teima em acusar com a sua luz o esconderijo que elas vão arranjando.
Finalmente vêem-me. Espanto geral - não porque elas me vejam.
Mas porque percebem que eu as vejo.
Não perdem tempo e querem continuar a brincar também comigo.
São lindas! Como é possível tratá-las mal. Mutilá-las até.
As pessoas são também animais - respondem alguns.
Os ramos balançam. As crianças agora voam, alegres e rápidas.
O sol aquece mais o ar. O mesmo ar que todos respiramos.
A brisa sopra e diz-me para confiar nos tempos próximos.
Para manter a alegria.
Que seja esperança.
Esperança sempre.
Que a luz do sol ilumine os homens e aqueça os seus corações.