Vivências
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Está um gato no jardim, deitado na relva à sombra dos bancos.
- Não tens gato, pois não?
- Pois não, nem sei de quem é!
- Pode ser vadio!
- Não, porque tem coleira e como ainda é novo, não deve ser abandonado.
- Um costume tão feio e tão irresponsável…
- Bom, de qualquer modo não o incomodes quando chegares.
- O quê?
- Pois, não faças barulhos excessivos nem o assustes. Deixa-o estar sossegado!
- Vê lá… não queres que vá em pontas de pés!?
- Também não é preciso tanto!
- Ainda bem!
- Isto não é exagero! É uma questão de ser amável. E se entrarmos como é costume ele também se vai habituando e é bom deixá-lo desfrutar do jardim nos termos que estão. Tudo tem medida razoável e com reciprocidade.
- Bem, talvez a tua opinião seja mais razoável.
- Pelo menos, parece ser mais natural partilhar condicionalismos que não destroem nada e que podem ser acrescentos de vivências comuns.
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Disse Wright Morris: Os gatos não pertencem às pessoas. Eles pertencem aos lugares !
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