Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2006-11-03

Ilusão

3 de novembro de 2006

Hora do cafezinho da manhã. Esplanada molhada, chapéus de sol a fazer de chapéus de chuva. Empregadas rápidas nos passos e nos movimentos porque os aguaceiros são fortes e vem lá um, já já.
Os clientes devem ser doidos pois estão lá fora com bebidas e bolos à chuva.

Há gostos para tudo, sem dúvida...
Aquele ali, lê um livro e, quando muda a folha, já está toda molhada.

No balcão comentam que o pagamento adiantado foi uma boa "invenção".
Dentro do café está quentinho e acolhedor, sem dúvida.
Lá fora... bom... olhando melhor, deve ser já Natal.

É que o chão está rosa, molhado de água rosa.
A chuva é toda rosa e forma um cone, com bico para o céu e base cada vez mais larga, na dita praça onde fica o café.
As gotas de chuva brilham e reflectem as cores dum arco-íris que se formou no céu.

As pessoas ficaram paradas como estátuas.
O sol apareceu e clareou o céu, as ruas, a praça - tudo. Como é costume.
Tudo brilhava agora à luz do sol. E todos continuavam estáticos.

O sol vai outra vez para trás doutra nuvem. O brilho esvanece.
As pessoas como que acordam para a sua rotina.
A praça volta ao movimento habitual, sem que ninguém recorde a quebra no dia, no tempo.
E será de recordar? O que é vulgar já não causa espanto a ninguém.
Tudo ilusão, já se vê!