Renascer
24 de outubro de 2006
Uma enorme fogueira, ou fogo mesmo.
No meio do campo, da neve, da praia, na planície, no alto da montanha.
Estava em todo o lado e via-se de todas as direcções. Era descomunal. Sem medida...
Felizmente começou a chover. Chuva, lágrimas pelos mártires, luzes brilhantes pelos sacrificados.
Ficaram as chagas para o tempo sarar. O solo arrefeceu e renasceu em flores de todas as cores, formas, arco-íris no céu e no chão.
O espanto era notório e a paralisação continuava total. Nunca tinham visto nada assim.
Passam os tempos e a memória é curta. Adormeceram o sono da Cinderela.
Ao acordar foi como instalar uma barreira no passado.
Os dias sucedem-se como novos. As pessoas continuam a viver e, lentamente, adaptam-se com nova vivacidade ao dia-a-dia.
Flores, plantas, árvores, animais e aves, retomam o seu lugar.
Os pesadelos acabaram. Novas lutas esperam outros dias.
Todos esperam ter sempre coragem. Coragem de lutar e também de ter paciência.
Coragem de ter esperança e fé numa felicidade eterna que um dia há-de vir.
E a vida tem sempre muito disto - de esperança em viver melhor, de renascer sempre mesmo que seja das cinzas.
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