Onde menos se espera...
14 de outubro de 2006
Passeamos pela ruas comerciais da cidade. Vontades femininas de comprar.
E tantas coisa novas, porém não "necessariamente necessárias". Mas lindas, lindas...
No meio de tudo, hora de refeições. Os que mendigam aparecem junto dos restaurantes, que vão abrindo as portas.
Lendo atentamente uma lista, com almoço turístico, aparece um homem velho, de aspecto modesto mas muito limpo, a pedir dinheiro para uma sopa.
Olhando para a ementa, confirmamos o preço e damos-lhe as moedas para tal.
Ele entra e pede a sopa no balcão, no lugar mais perto da porta.
Com ele está também a imagem dum lago, grande, de águas serenas, ladeado de montanhas altas e nevadas.
O azul dessas águas é azul claro e tem como que um manto prateado por cima.
Terras claras, cor de areia, estão nas suas margens, cobertas de arbustos rasteiros.
O homem está agora a comer a sopa e o empregado oferece-lhe uma carcaça para acompanhar.
A fome sente-se, mas por vezes torna-se visível aos outros. Era este o caso.
Com a mesma simplicidade levanta-se para sair. E o "seu" lago evapora-se.
Agora só aparece o homem velho, de aspecto limpo.
Ele ganhou uma sopa. Nós ganhámos o dia e a convicção que onde menos se espera há boas surpresas.
Que onde menos se espera há pureza e beleza.
Que em qualquer dia e a qualquer hora é boa hora, é hora abençoada de felicidade.
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