Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2006-10-09

Modéstia

9 de outubro de 2006

Um casamento. Simples, em cartório. Cerimónia simples, sem luxos.
Mas tinha o mais importante, a renovação do amor e dos votos de protecção de um pelo outro, em permanência. Até que a morte os separe.
Trocam-se promessas e juras.

Mesmo que a morte os separe há-de ficar o amor no ar.
O espaço encheu-se de luz. A sala via cair as lágrimas dos foguetes.

Luzes multicolores brilhavam sobre os noivos e os convidados.
Muitos amigos, em pensamento, desejaram-lhes felicidades e a dignidade de uma vida a dois.
Uma família se formava. Novos laços que, a seu tempo, iriam cruzar outros laços e famílias.
E por aí afora... somos todos partes de uma grande e única família.

Uma família ancestral que hoje consegue viver sem graves problemas.
Os noivos e a meia dúzia de convidados vão almoçar. O restaurante serve-lhes ementa especial.

Por agrado e não por encomenda. Eles, na sua modéstia, não poderiam ter reservado nada.
Almoço prolongado. Lua de mel em casa, pois a felicidade foi conseguir uma casa para viverem juntos e sem interferências do passado.
Com o tempo vieram filhos, os cães e gatos. As plantas e flores. Enfim, todos os símbolos de um lar fixo.
Depois relembraram as infâncias e as diferenças de gerações.

Depois os filhos casaram e a casa parece cada dia mais silenciosa.
Novas vidas vão surgir. Novas vozes se irão erguer.
Lá fora - e longe - novas economias, profissões e políticas vão surgir.
Segundo os cientistas, um planeta renovado também vai renascer neste.

Com muita água dos degelos e pouca terra.
Vejamos... a Terra também já vai explodindo no meio de guerras tolas.
Parece impensável que, em 2000 anos, os homens ainda não se entendam a falar.
A força e a harmonia estão desde sempre na natureza.
O homem ainda não ultrapassou a força. Uma pena...