O Norte
7 de outubro de 2006
Futebol, guerras, vacinas, finanças e investimentos, publicidade a despropósito e mais notícias do país e do mundo.
No mesmo teor de desgraças de todo o tipo, mais as de origem natural: tufões, fogos, degelos, tempestades...
Estes são os resumos, cuidadosamente preparados, da nossa cultura, 2000 anos depois de Cristo.
Parece que a cada desafio de bem-estar se processa uma contra-resposta guerreira.
Pergunto-me se as pessoas perderam assim o norte das suas vidas, do seu rumo à felicidade.
Não será uma questão de religião, nem sequer de não-religião.
Será antes um menosprezar do respeito e dignidade do outro quanto a si próprio.
Quem não é digno de si não pode ser digno dos outros.
Quando se valorizam as violências, quaisquer que elas sejam, não se valorizam as possibilidades de felicidade e bem estar.
Tudo o que nos rodeia mostra poderes de renascer e de qualidades boas.
Desde os ciclos da natureza às crianças - tudo renasce e se desenvolve em plenitude.
Porque se esforça tanto o Homem por destruir o que tem de bom?
Todos somos potencialmente bons. Porque se esforçam tanto os adultos em renegar as suas responsabilidades? Pior ainda, em complicar e até denegrir, as suas vidas e as dos outros.
Talvez seja altura de envidar esforços para produzir o melhor de nós próprios e mostrarmos do que somos efectivamente capazes de fazer.
Das nossas vidas - para começar.
Deve haver algures uma criança naturalmente boa dentro de todos os adultos.
Só temos que a deixar falar e seguir as suas opções de simplicidade.
Gozar o dia à espera do próximo, sem ilusões nem planos difíceis a não ser a simplicidade de viver, digna de si mesma e harmonizando-se com os outros.
Cumprindo os seus deveres e sendo útil, pelos seus esforços e sorrisos, à comunidade onde se integra.
Isto tudo porque, ainda hoje, "o melhor do mundo são as crianças".
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