Intervalo
3 de outubro de 2006
Dia enevoado - intervalo entre turnos. Elas vão dar um passeio para exercitar as pernas. Procuram uma revista de modas - modas, maquilhagem, etc. - coisas de mulheres.
Vão andando de tabacaria em quiosque. Do quiosque em papelaria com revistas.
Nada que interesse. Já venderam as anteriores, que foi uma pressa, porque traziam as modas Outono/Inverno. Pois traziam. E traziam brindes!
Voaram todas, só ficaram as que se vêem, ou seja, as mais caras.
- Veja bem, minha senhora, não vamos dar por uma revista mais que por uma camisola ou outro trapinho, não é?
Todas entendidas que os preços estavam disparatados, e que por isso mesmo é que não tinham sido
compradas, pois então não se estava a ver que assim era?
A caminhada já ia longe e faltava ainda o caminho de volta a horas.
Novo quiosque e pastelaria ao lado. Uma tentação: revista com brinde e mais barata que as outras.
Acabadinha de chegar. Irresistível o café ao lado com mesa para bisbilhotices, as modinhas, cores, anúncios...
Gente snob a falar devagar nos pedidos para a mesa. Gente apressada que quase lhes atrapalha a lentidão. Bom... e o snobismo. Também tanto... até sobra...
Gente vidrada que, apesar de tudo, também come - sobretudo daqueles bolos grandes. Com creme, ainda melhor.
Todos pagam a sua despesa, sem excepção, que ali até o pedinte só entra com dinheiro.
Tudo limpo, bons modos e bom ambiente. Gente afável em sereno convívio.
Gostei de tudo e até da revista. Era melhor do que esperava.
Lembrámos as outras tão caras. Fazendo contas, eram ao dobro do preço. E a qualidade não era o dobro.
O desfrute de um intervalo merecido. Já de volta levamos novas energias.
Levamos também a alegria necessária para melhorar os que ficaram à nossa espera.
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