Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2006-09-26

Paz

26 de setembro de 2006

Um livro cheio de assinaturas.
Uma porta que se abre e fecha - para abrir novamente.

Volta atrás e descobre outra porta ao fundo.
Parece fechada, mas diz "puxe". E ela empurrou, em vez de puxar, o que nela é um reflexo habitual dessa palavra.
O contrário também era verdadeiro, porque puxava ao ler "empurre".

Enfim, problemas menos graves de dislexia e até algo comuns nas sociedades organizadas.
Voltando à porta que se abria... dava para uma pequeníssima capela.
Como a generalidade das capelas, era simples.
E essa singeleza dava paz.

O seu silêncio prolongava essa paz.
Era uma comunicação estranha consigo mesma.

Uma comunicação imediata de si para si própria.
Sem hesitações. Finalmente sem dúvidas.

A vida e a sua rotina tornaram-se uma linha de luz.
Viu-se morrer e não se importou. Viu-se viver em prolongamento e não se importou.

Viu-se no mesmo sítio com os seus afazeres por fazer e não se importou.
Estava cheia de luz e isso importou e deixou-a feliz.