Paz
26 de setembro de 2006
Um livro cheio de assinaturas.
Uma porta que se abre e fecha - para abrir novamente.
Volta atrás e descobre outra porta ao fundo.
Parece fechada, mas diz "puxe". E ela empurrou, em vez de puxar, o que nela é um reflexo habitual dessa palavra.
O contrário também era verdadeiro, porque puxava ao ler "empurre".
Enfim, problemas menos graves de dislexia e até algo comuns nas sociedades organizadas.
Voltando à porta que se abria... dava para uma pequeníssima capela.
Como a generalidade das capelas, era simples.
E essa singeleza dava paz.
O seu silêncio prolongava essa paz.
Era uma comunicação estranha consigo mesma.
Uma comunicação imediata de si para si própria.
Sem hesitações. Finalmente sem dúvidas.
A vida e a sua rotina tornaram-se uma linha de luz.
Viu-se morrer e não se importou. Viu-se viver em prolongamento e não se importou.
Viu-se no mesmo sítio com os seus afazeres por fazer e não se importou.
Estava cheia de luz e isso importou e deixou-a feliz.
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