O vencedor
19 de setembro de 2006
Pesadelos de beijos frios, como de morte.
Rostos amigos que escondem sentires tão infelizes.
Doentes mais reais esperam nas suas camas um pouco de atenção - um sorriso, uns minutos de conversa amena.
Qualquer desculpa para darem um sorriso. Para sentirem o coração mais leve.
A esperança de um dia melhor. A esperança de melhor saúde depois daquelas camas.
Tanta ilusão e tanta doença. Como a rotina dos dias e das noites, assim as pessoas gerem as suas vidas. Ora alegres, ora angustiadas.
Uma grávida arrasta um carro de comida. Para ela, o carro tem um tamanho e um peso monstruosos.
Mas agarra-o, empurrando e desviando-o pelos corredores e elevadores. Às tantas vai gemendo e a barriga defende-se acabando por rebentar o botão que já a incomodava por falta de espaço.
Uma nova vida vem aí. Aos pontapés faz-se sentir cheia de vontade de vencer.
Todos desejamos que também saiba acalmar e serenar quando nascer pois o "amor, precisa-se" e é o grande vencedor.
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