Pólos binários
14 de setembro de 2006
Plantas que secam e florescem sem ser Primavera.
Ideias que se formam e deformam sem vontade.
Decisões que se tomam e quietudes de indiferença.
Pólos binários de nada que não seja das ciências e matemática.
Um homem de pés inchados e meio cego de diabetes espera todos os dias a hora da sua boleia para o trabalho. Trabalho duro das obras.
Com mais que idade para descansar, ainda vai pela tardinha à sua horta, distante um bom bocado. Todos os dias, de há muitos anos, que esta é a vida que conhece.
Os domingos são só para a horta e vai na motoreta velha que a nova pagou-a e logo lha roubaram.
Pequenos gestos que ensaiava na sua libertação.
Em compensação tem uma família amorosa, a qual não valoriza muito.
Os dia são tristes sem binários de nada.
Mas à sua volta e em redor de todos nós a esperança renasce em cada forma da natureza.
Cada ser vivo é um viajante na sua evolução.
E, mesmo que não pareça, a evolução é constante para todos.
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