Um dia
12 de setembro de 2006
Um ajuste de válvula. Como um clic de cofre que se abre, deixando livre o seu tesouro.
A riqueza de cada um, como a fortuna amealhada deve usar-se com discernimento.
Um rapaz, adolescente, aguarda. Uma espera de milénios. Por vezes desiquilibra-se pela impaciência.
As famílias mudam. Os países e as sociedades também.
Mas ele espera ainda e sempre. Uma esperança que parece envelhecer mais do que renovar-se.
Um carro devia estar ao portão, a marcar o lugar da sua espera. Outro carro deveria chegar.
Mas a espera continua como o lugar continua vago. O seu olhar também vagueia.
A concentração minimiza-se. O relaxe vai instalar-se lentamente.
Na descontração encontrada surge finalmente a luz da realidade.
A verdadeira dimensão da sua vida está ali, à sua vista. No tempo certo.
Afinal no acerto é tudo tão fácil, tão fluído, tão natural.
A importância de um dia na sua vida, sempre igual.
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