A clareira
9 de setembro de 2006
A vida por uma razão de viver. Um propósito na vida de cada um.
Uma vida de pressupostos para serem cumpridos.
Aparece um rio e as margens são diferentes, assim como a sua iluminação.
Este rio é subterrâneo e, perto da foz, sai da montanha por uma caverna de tecto rochoso e altíssimo.
Uma das margens está escura e cheia de florestas densas a toda a sua lonjura. Deste lado só perto da foz é que o arvoredo é menos denso.
Barqueiros de capote fazem a travessia e é visível o desagrado que têm no seu trabalho.
Tudo em redor é grossseiro e desagradável, até de cheiros. Mais parece uma zona pantanosa que um rio.
Chegamos a uma clareira iluminada por fogueiras.
Muitos dançavam ou cambaleavam aos pares. Pares que ora dançavam ora caíam no chão de terra batida.
Muitos risos e comentários. Ou seriam histórias a serem contadas.
Grupos de crianças, adolescentes e velhos esperavam, quietos, pela hora do transporte.
Os barcos e os barqueiros não chegavam para tantos e tínhamos pressa.
Resolvemos inventar uma estrada de luz e os grupos e todos os que quiseram, puderam caminhar pela sua própria viagem.
Da clareira para as suas novas vidas.
O dia que vai nascer.
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