A estrada
13 de setembro de 2006
Está uma manhã enevoada. Bom, vendo bem, está mesmo um nevoeiro cerrado.
O ar está frio apesar de ser ainda Setembro.
O carro tem que levar as luzes acesas.
Mas no céu, redondo (como um queijo) o sol brilha em branco pálido, prometendo aquecer.
Estrada igual à de sempre, percorrendo cada troço de cor, sabendo até onde estão as árvores demasiado inclinadas sobre a estrada.
A manhã vai alta e as horas começam a querer fugir da minha agenda.
Para ajudar, os sinais mudaram e o percurso agora é outro.
Tenho a impressão que estou num avião e que o chão foge. Não percebo se é para levantar vôo ou aterrar.
O chão transforma-se em terra, a terra em areia e deserto. O deserto em vegetação agreste e vento.
A poeira assenta e o solo é agora verdejante com o mar ao fundo.
O mar muda para planície cheia de neve e começam os tons de um pôr do sol a misturar-se no céu azul e branco.
E agora este círculo encarnado é... um semáforo.
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