Bem está, quem bem se situa
25 de outubro de 2006
Uma sala de reuniões cheia de gente.
Gente interessada que quer ouvir e, no fim, intervir com as perguntas que lhe aprouverem.
As conferências são sobre os avanços da ciência médica e sobre a influência que a mente tem na saúde das pessoas.
Aliás, assiste-se em vários países a este tipo de pesquisa e desenvolvimento do poder da mente humana no estado de saúde do indivíduo.
Quando era miúda ouvia muita vez que "bem está, quem bem se situa".
Pensava eu que se referia a questões de educação pois, no meu caso, não tinha direito a situar-me com os adultos (antigamente era assim nas reuniões: crianças para um lado, mulheres para outro e homens ainda noutro grupo).
Hoje, pensando nessa frase e por quem era dita, começo a perceber melhor o seu significado.
Talvez quisesse significar mais a situação mental, mais a disposição psicológica do ser do que a situação física da pessoa no grupo em que deveria estar.
Hoje entendo a importância da personalidade e da construção dos pormenores pessoalíssimos que integram cada um de nós, conforme a vida que vamos vivendo.
No entanto há algo que mantenho desde criança: a preocupação de precisar de olhar para trás, ter a impressão que fiz sempre o melhor que sabia e podia naquela situação e naquele tempo.
Também hoje faria algumas coisas diferentes mas, se assim não fosse, não teria havido qualquer evolução; outras teria evitado, porque não foram úteis a ninguém - aparentemente.
Todas as lembranças que me ocorrem sobre a força da mente e da personalidade, na saúde e na doença, parecem ter sido efectivamente factores de importância sobre o corpo.
A vontade de lutar pela vida e a esperança de um futuro melhor, ou diferente, tiveram sempre o seu valor ao lado dos remédios e da cama do doente.
Seria desejável que os cientistas se tornassem mais atentos, sensatos e sábios - por eles e por nós todos.
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