Flores
1 de novembro de 2006
Há neve nas montanhas e, no vale, os verdes escondem-se cada vez mais.
O sol deixa o seu brilho na neve e a luz assim reflectida tem um brilho ofuscante.
Os animais e pássaros não ligam porque andam apressados a preparar o sítio onde vão ficar no inverno, com a família que ainda está a crescer.
Os pássaros amontoam comida para os dias que não puderem sair.
As águias voam, planando alto e sobranceiramente.
As florestas mantêm já o chão sempre molhado e gotas estão constantemente a cair dos ramos que já não secam.
Por todos os lados são rumores e sons abafados.
Um grupo de crianças vai fazer o piquenique de inverno e despedir-se da floresta até à próxima primavera.
As mães não gostam de os ver por ali no inverno porque, às vezes, dão-se movimentos de terras e neves e podem cair.
Além disso, os dias pequenos dificultam as buscas e o frio não ajuda nada a quem se perde.
Os bichinhos pequeninos gostam muito daqueles piqueniques.
As crianças cantam, lêem, jogam nos mini-computadores de bateria. Outros correm e saltam.
Um deles afasta-se sózinho com um saco pequeno e uma pá também pequena.
Só perceberam a sua ausência na hora de regresso a casa, mas foi exactamente quando ele voltou todo vermelho do esforço.
Conseguira, sim! Não podia mostrar para não desmanchar.
Só em casa! Aí então, abriu o saco.
No meio de terra molhada, lá estavam plantas com flores pequenas que se aguentariam em flor todo o inverno.
A irmã plantou-as em vários vasos, em casa e no jardim.
E, na primavera seguinte, a casa estava ainda florida e cheia de esperança de flores do coração.
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