O bom e o ideal
6 de junho de 2007
Uma sala está a ser preparada para reuniões, mas os organizadores ainda não se entenderam sobre os espaços.
Um quer colocar as cadeiras de modo a que as pessoas fiquem em frente umas das outras.
Outro quer estilo anfiteatro e o terceiro quer aproveitar os lugares junto das paredes, o que prejudica a visualização de cada um e a passagem a quem quiser sair no meio da reunião.
Enfim, já estão os arranjos, as mesinhas de apoio, os equipamentos eléctricos mais os electrónicos, os computadores, os ecrãs, o som, etc., etc.
Porém ainda persiste o problema de encaixar ali as pessoas todas, o que continua a ser tema da conversa.
Há cadeiras para todos, sim senhor. O problema é como as colocar, pois parece sempre que o chão não chega para tudo.
Já se defendem as diferentes opiniões com afixação de números nas cadeiras, e dispunham-se em semicírculo com os números, que sei eu?
E de repente chega uma mulher, daquele género que olha e faz diagnóstico rápido.
E dá a sua opinião. Arrumam-se em forma de 8 (outro número) com passagens ao centro, entre as partes superior e inferior do 8.
Mas não cabem todos…
Formam-se então filas duplas e triplas deixando espaço suficiente entre elas para distribuir passagens.
Nem todos concordam mas o tempo já é pouco para gostar ou não gostar.
Todos foram para os seus postos pensando que ainda não se tinha encontrado a solução ideal, nem talvez fosse a melhor dentro das circunstâncias.
- Terá sido por estas e por outras que Deus criou a mulher?
- Acho que não! A não ser para maior variedade de opiniões, porque sucede que às vezes o ideal é bem pior que o bom e não ajuda a resolver o que é necessário tratar!
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