Ingratidão?
28 de maio de 2007
- Hoje estou pasmada em mim, ou seja, estou deprimida!
- Essa é boa. E porquê?
- Ora, se eu soubesse, se calhar já não estava! Estou naqueles dias em que acho que ninguém se lembra que eu existo, que todos me prejudicam porque não ligam ao que eu sinto, etc. etc.
- Hum… e já pensaste que, se calhar – é até o mais provável – é seres tu a que não está a pensar em mais ninguém senão em ti própria, nos teus sentimentos?
- Eu? Então eu tento fazer sempre o que os outros precisam, e mesmo cansada não paro nem descanso, até que esteja tudo bem!
- Vamos lá ver isto outra vez! Preparas o que tu achas que eles precisam. Tens a certeza que o que tu fazes é o que eles querem, o que eles necessitam? Se calhar até é um aborrecimento ter as coisas feitas ao teu modo e não ao deles.
- Isso parece-me um disparate! Estou a referir-me à família, à casa, aos colegas de trabalho, pessoas com quem lido todos os dias. E não achas que já os conheço bem?
- Depende! Podes estar a preencher nelas o que tu achas que lhes faz falta. Ou já as ouviste referir essas necessidades que consideras ser as mais importantes?
-?!? Bem…
- Também me queria parecer! Experimenta deixá-las com as suas “faltas que tu achas” e desfrutar em conjunto os tempos em que podem estar juntos. E sobretudo, tenta viver os teus tempos no teu espaço. Dá espaço aos outros para livremente se juntarem, ou não, ao teu exemplo. Assim! Simplesmente! Vivendo!
- Olha… pelo menos, a depressão passou!
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