Raoul Follereau # Mensagem à Juventude do Mundo
Mensagens de Raoul Follereau in “ O Livro do Amor”
Não se trata de enxugar uma lágrima: é demasiado simples. Nem de sentir compaixão por uns instantes: é demasiado fácil.
Trata-se de tomar consciência e não aceitar mais.
Não mais se contentar de girar à volta de NÓS MESMOS – dos NOSSOS – à espera da NOSSA pequena porção de Paraíso.
Recusar-se a continuar uma sestazinha cómoda, enquanto à nossa volta há gritos e desespero.
Não aceitar mais esta forma de existência que é uma perpétua renúncia do homem…
Não aceitar mais um cristianismo negativo que os pequenos burgueses da eternidade asfixiam num labirinto de fórmulas e interdições.
Não aceitar mais ser feliz sozinho.
Diante da miséria, da injustiça, da cobardia, nunca renuncieis, nunca caiais em compromissos, nunca recueis. Lutai, combatei.
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Não cedais, não transijais, não recueis. Ride na cara de quem vos falar de prudência, de oportunidade, de quem vos aconselhar a «manter a balança em equilíbrio», esses mesquinhos campeões do «meio termo».
E depois acreditai sobretudo na bondade do mundo. Há no coração de cada homem tesouros prodigiosos: compete a vós descobri-los.
A maior desgraça que vos pode suceder é não serdes úteis a ninguém, é a vossa vida não servir para nada.
Sede orgulhosos e exigentes. Conscientes do vosso dever de construir a felicidade de todos os homens, vossos irmãos, não vos deixeis enterrar nas areias movediças das veleidades e dos impossíveis. Lutai, de cara descoberta. Denunciai em voz alta. Não permitais trapaças à vossa volta. Sede o que sois e saireis vitoriosos.
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