O problema
17 de maio de 2007
- Aquela colega nova põe toda a gente em polvorosa.
- Porquê? Porque é bonita, feia, antipática ou porque trabalha bem ou porque não faz nada?
- Nada, nada disso! É pela maneira de agir ou, se quiseres, pela maneira de estar. Enerva!
- Não entendo!
- É assim: estamos todos a falar disto e daquilo e, claro, começamos logo a criticar.
- Até aí nada de novo!
- Pois! Mas começa logo por aí. É que mal diz uma palavra. E acabamos por nos sentir pouco à vontade.
- Mas não diz porque não conhece ou não sabe do que estão a falar?
- Não! Diz apenas que não se sente capaz de julgar seja quem for ou o que for.
- Se calhar tem alguma razão porque, bem vistas as coisas, é preciso conhecer ambas as partes para falar sobre assuntos com acerto.
- Ohh, mas não é tudo! Ainda diz que é abusivo falar de pessoas sem elas saberem o que se diz delas e não terem ocasião de se defenderem.
- Não costumo ver as coisas assim mas, vendo bem, até não acho mal.
- E quem disse que achávamos mal? Isso é o pior! É que todas achamos que ela tem carradas, paletes de razão.
- Então qual é o problema?
- É que foi uma novata a trazer à baila esta novidade e não nós, as mais velhas e mais experientes.
- Novidade?
- Pronto, esta nova maneira de ver as coisas, esta nova atitude! Cabia-nos a nós, percebes, e não àquela novata. Ou não é da juventude que se diz que “este mundo está perdido”?
- Pelos vistos também é um ditado… hum… abusivo?
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