Sociedade de consumo
30 de maio de 2007
De visita a um casal amigo, um casal mais jovem comenta as dificuldades de concentração na vida moderna.
- Não sei se é deste corre-corre em que as pessoas andam, ou se é de poder escolher fazer tanta coisa ao mesmo tempo…
- Pois é isso que parece! As pessoas não sabem o que querem!
- A bem dizer, nem precisam escolher. Vem tudo parar à mão!
- Ou às prateleiras das lojas.
- Sim, até o que nem se imagina lá está e com tão bom aspecto que alicia qualquer um para a compra.
- Então é por isso mesmo que se chama “sociedade de consumo”, porque se consome sem precisar.
- É isso! Temos tanta tralha que nem precisamos, mas temos, pronto!
- O mais grave é que as nossas cabeças se desabituaram de pensar o que é importante, e ocupam-se a pensar no que é dispensável, e até estéril, para a nossa vida.
- Pois é! E depois os pensamentos formam castelos de ilusões.
- Mais grave que isso! Reagem conforme as ilusões que criaram e alteram as suas opiniões, sem reflectir sequer.
- Parece uma doença desta época! O pensamento inconstante e ilusório, sem qualquer reacção, da nossa parte, ao que pensamos.
- Na maior parte das vezes nem damos por isso! É a futilidade que se instala devagar e depois obscurece a mente por completo.
- Estou a ver! Lá terei de deixar de usar a calculadora por tudo e por nada.
- É um começo. A seguir escolhe o que precisas. Senão, talvez sim… ou talvez não!
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