Horizonte
9 de junho de 2007
Céu enevoado, algum vento, uma temperatura a dar para o fresco.
- Que estás a fazer? Onde é que vais?
- Vou à praia apanhar sol.
- Já foste à janela?
- Claro que sim! E não ponhas essa cara porque vais ver que o sol vem aí. Só está um pouco atrasado e eu já estou pronta.
- Bom, pelo menos não deves ter trânsito.
- Ora, sabes que eu tanto gosto de praia com fato de banho como de casaco e gorro. Gosto daquele ar na cara. Gosto do emaranhar do cabelo com o vento, e o sal, e a areia. Gosto de passear à beira da água e procurar pedras e conchas. Para nada porque não faço nada delas. Mas gosto, pronto! E gosto também da praia vazia, pois gosto! Se calhar ainda mais do que quando está cheia! Tanto gosto dos vendedores como dos pescadores quando está enevoado! Gosto do mar com ondas ou quando está sereno! A praia é sempre um encontro porque me deixa olhar para um horizonte sem fim!
- Eu já me calei!
- Se calhar é realmente o mais importante!
- O eu ter-me calado?
- Não! Se calhar o mais importante é essa sensação de que tudo é ainda possível!
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