24 de junho de 2006
Uma cama de casal, colcha branca com um ramo de flores azuis ao centro.
Uma região branca no planeta, com flores e montanhas pelo meio e bordas externas. O mar à volta.
A guerra prepara-se lenta e objectiva, como o felino espera a presa frágil que vê ao longe.
Outros países gesticulam e discutem em preguiças administrativas os assuntos que deveriam tomar em mãos.
A guerra finge que é boato.
Os países interessados adestram os seus preparativos com denodo e tão meticulosamente que só alguns reparam no paralelo. E estranham.
A cama ainda está feita à espera dos esposos.
Lá fora acendem-se discussões de futebol e músicas alegres e alusivas que distraem a atenção.
Vêm chuvas em pleno Verão e ninguém estranha. Tudo se justifica.
É tão mais simples permanecer na preguiça.
Preguiça de atitudes, de ideias.
E de pronto chegamos à preguiça moral.
A ética, o direito e o dever são apenas mais temas de discussão.
Muito se discute.
Resta saber se é para manter atitude ociosa.
Ou se é a própria mente que apenas consegue ser inútil.
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