21 de junho de 2006
Uma escada escura e algo suja.
Uma porta com vidro, em sistema de guarda-vento, dá acesso a um hall.
As paredes outrora brancas estão cinza encardida do tempo.
Um balcão de recepção e algumas cadeiras de madeira.
Lembra a época da 2ª Grande Guerra e posterior.
Tudo modesto e vazio.
Vou ter a uma sala cheia, mesmo a abarrotar, de crianças pequenas. Não têm mais de 5 a 7 anos.
Ao fundo, junto às janelas (há várias) estão camas-berço e bebés a dormir.
Todos estão com blusa e saia/calção cinza claro. Os bebés em camisa, da mesma cor.
As crianças parecem esperar - não percebo o quê.
Abro a porta e ficam espantadas a olhar para mim. Completamente paralisadas.
Começo a lavá-las em pequenas tinas de água e a vestir-lhes roupas brancas e perfumadas.
Bem penteados e arranjados, pego nos bebés ao colo e dou bolinhos de manteiga às crianças.
Saímos todos. A estrada é larga e a subida íngreme.
Chegamos a um portão enorme que se abre mal nos aproximamos.
Entram todos e ficam num largo, com chafariz ao meio.
Os mais velhos levam agora os bebés.
O céu que os ilumina agora é rosa.
O chão tem estrelas que não se deixam agarrar.
Na antiga sala, uma mulher abre a porta.
Só pétalas brancas no chão.
Grita pelo que não entende.
Sai a correr.
Sózinha.
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