14 de junho de 2006
Águas rápidas. Rochas, pedras, calhaus.
Tudo elas ultrapassam rápido. Muita espuma, pouca espuma.
A velocidade é cada vez maior e o caudal de água cada vez mais forte.
Água cristalina, agora numa casa simples.
Não molha a casa. Apenas emerge como uma fonte. Jorra alto e nas paredes.
Tudo em volta se vê através dessa cortina de água.
Mas os quadros, as luzes, as pessoas estão como se nada soubessem.
Como se não percebessem que estão por detrás de uma cortina finíssima de água.
A impressão é que ela passa por sobre o tecto até um céu infinito.
Passa pelas nuvens. E espalha-se como um chuveiro frente ao sol.
E nos rápidos aparece o declive esperado. Arma-se uma catarata.
Os pássaros voam encantados pelos salpicos e pela bruma que se forma.
O sol agora incide nessa catarata e, juntos, parecem formar um par.
Um par que dança entre a terra e o céu.
Na verticalidade do lugar a caminho da luz.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home