9 de junho de 2006
Como um avião nas nuvens, ou entre as nuvens, ou sobre as nuvens. Uma dessas...
Se pudesse ser, talvez ficasse mais leve.
Mais aérea certamente.
Como seria poder deixar preocupações e voar leve.
Tão leve como algodão.
Seria uma ida ou um regresso às origens.
Uma ilusão ou uma realidade.
Uma transferência de pessoas e medidas.
Um encanto de levezas.
Tanta brancura paralisa a vista.
Os olhos pretendem ver mais além.
Além das alturas dos céus.
Uma casa acolhedora. Uma família feliz.
Povos felizes, com abundância de saúde física e moral.
O planeta em paz.
Mais um avião que cai cheio de passageiros a bordo.
Incêndios, desgraças, desespero.
Desespero dos elementos que se despedaçam em sismos, erupções vulcânicas, maremotos.
Noutros lados, sorrisos, estrelas, amor, praias calmas.
Dinheiros que se perdem em impostos que mais ninguém vê.
Dinheiros que tilintam nos casinos cheios de gentes embriagadas de morte lenta.
Novamente o desespero do dia seguinte.
O despertador toca, imperturbável.
Todos os dias. Faça chuva ou faça sol.
Alegre ou triste, o caminho é em frente, cabeça levantada empurrando quanto baste a coragem.
Equilíbrio 24 horas sobre 24 - precisa-se.
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