1 de junho de 2006
Uma criança pequena que espera numa nuvem. Branca também, espera no meio do céu e no meio das estrelas.
A mãe olha-a de baixo. E chora.
Chora lágrimas sem tempo. Há muito tempo. Demasiado.
Olham uma para a outra e sorriem entre as lágrimas de uma e o abraço radioso da outra.
Palavras que não necessitam ser ditas.
O amor entre ambas é tão dilatado que ilumina o céu e a terra.
Explodem estrelas à sua volta.
Agora, de modo mais terra-a-terra, as guerras, os desencontros entre pessoas e quereres.
Interesses gratuitos de tanto querer poder e dinheiro.
Interesses hipotecados nas vidas dos inocentes que caem pelas guerras armadilhadas por tão poucos.
E que nada valem.
Fantástico. Parece que se desloca o sonho do planeta.
O céu desloca-se da realidade.
Relatividade - dizem.
Problemas de visão - também se diz.
Problemas mentais - também são referidos porque já não há mais respostas sadias.
Mas onde há o não, também tem que haver o sim. Tudo tem um contrário.
Então, saudávelmente, eu escolho o sim do desprendimento.
Da paz e da harmonia.
O céu está sereno (a terra ainda treme).
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