3 de junho de 2006
A minha amiga está triste. Angustiada.
O marido está doente. Mal aguçado pela raiva, porque o dinheiro não dá para os luxos, só para viverem como classe média, medianamente abastados.
A minha amiga está cheia de dores de cabeça.
O marido vai fazer tratamentos todas as semanas a algo que cresce e não seca.
E já foi operado. E vai ser outra vez.
Não percebe a utilidade, porque não há hipótese de melhoras.
Mas os médicos insistem. Porque sim. Talvez porque não.
E a vida, ou as vidas, onde ficam? Desalojadas da alegria e da vontade de viver.
Olhando para o céu, até parece que voam como as nuvens.
Ela está apática. Não pensa, mas faz o seu trabalho como sempre.
Quando pensa, quer fugir e descansar a cabeça. E o corpo, porque lhe balança os sofrimentos.
Bendita rotina que não precisa de raciocínio nem lógicas.
A vida voou para férias.
Ela ficou com o seu cigarro. Só tem esse vício e esse entretém.
O "Mercedes" chegou. Lá vai ela cheia de coragem.
Sempre um sorriso. Sempre amável.
Continua na esperança de dias melhores.
O trabalho distrai a mente. Dá-lhe novo fôlego.
Até amanhã.
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