19 de junho de 2006
Um estacionamento de terra batida.
Algumas árvores. Carros e carros ao sol.
Alguns degraus em madeira, vasos e cântaros de flores. Relva e baloiços.
Uma quinta ao estilo do turismo rural.
Uma sala: salão para comidas festivas com espaço para música e dança.
A alegria contagiante de gente nova em festa.
Varandim em madeira, a debruçar as pessoas para o empedrado.
Foguetes de lágrimas.
Núpcias entre gente de bem. Núpcias entre a terra e o céu.
Vejo tudo em duplicado.
Pessoas conhecidas que falam e riem. Conversam e propõem "partidas" bem humoradas.
Ditos e gracejos de fazer rir os anjos, que espreitam tanta alegria e amizade.
Outros, desconhecidos, passeiam.
Discutem estacionamentos. Sentam-se a descansar nos bancos de madeira.
Escondem-se miúdos atrás das árvores e arbustos.
Alguns observam, admirados, esta invasão festiva.
Outros não dão por nada.
Finalmente, na luz do sol e do sentimento de amor que perpassa pelos recém-casados, convidados e desconhecidos, os céus abrem-se.
Parece chegar a permissão do amor ultrapassar as bodas.
O amor, como o calor, sobe no ar.
Para sempre.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home