Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2006-06-16

16 de junho de 2006

No meio de árvores e nem sei mais o quê está a entrada de uma gruta ou caverna.
Não sei bem, porque não se vê nada. Tudo escureceu.
Entrei mas precisei, depois, de acender uma tocha.
Àparte essa luz está tudo negro. O chão e as paredes.
Continuo a caminhar com receio de tropeçar e perder a luz. Agora a gruta vai dar a outras que se cruzam.
Será isto o centro da terra que Júlio Verne queria descrever? Não é macabro, é simplesmente escuro.
A partir daqui, vêem-se vultos a dormir e, mais longe, outros parecem trabalhar, lenta ou penosamente.
Aqui nos adormecidos, estão dois olhos bem claros e brilhantes a olhar para mim.
São de alguém curioso com a minha presença.
Aproximo-me e parece levantar-se de uma pequena "cama" - melhor dizendo - tarimba.
A luz da tocha envolve-o e ilumina em redor facilitando-lhe a saída.
Olhando em volta mais uma vez apetece-me que um céu azul pudesse ser o tecto.
E flores ficavam ali bem, depois da luz natural entrar com toda a força que o sol tem.
Como é lindo o nosso céu...
Parece que se enche de pássaros a voar cada vez mais alto.
Ah, a luz da liberdade!