A simplicidade de amar
Amor, generosidade e benevolência andam geralmente a par.
Mas também andam a par o amor, a paixão e o amor ferido ou ressentido.
Nestes casos, parece que o coração está num recipiente que, uma vez cheio, derrama à toa os excessos.
Daí ao desespero e desvario é um instante.
São choques contínuos de emoções que alteram os sentimentos.
Sentimentos de amor desvairam em ódio e revolta.
É um rio que se transforma num mar imenso, cheio de turbulência.
Diz o povo que um novo amor cura a dor de outro amor.
E assim parece ser, não tanto no sentido restrito de amor-paixão, mas sem dúvida ultrapassando esse sentimento pelo amor fraterno e universal por todas as criaturas, com respeito pelas suas existências e espaços, com o carinho e a suave doçura da compreensão e benevolência por todos – até para quem tenha provocado sofrimento.
Ódios, desvarios e vinganças só se curam com mais amor.
Vida com amor encantado, daquele que permite viver em paz.
Esse Amor fraterno, doce e sublime.
Amor suave e pacífico.
Enfim, a simplicidade de amar!
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Abaporu
Tarsila do Amaral
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