Iluminação
Quando há trovoadas, na terra onde moro, vai embora a luz.
Procuramos apressadamente as velas imemoriais e as pilhas para as lanternas.
Daí a nada (ou daí a horas) volta a luz.
E é uma alegria. Não só porque vemos melhor o que fazemos mas também porque os equipamentos funcionam quase todos por energia eléctrica e metade das nossas acções pára, pura e simplesmente!
Quando era pequena, passava muito tempo olhando as nuvens. Mas não eram todas. Eram aquelas semitransparentes e tipo rabiscos no céu, ou então as mais alongadas.
Isto porque o sol ainda perpassava por elas dando-lhes alguma luz e eu achava que Deus estava lá porque, na minha imaginação, o Seu lugar tinha que ter muita luz e brilho.
Pequena ou já grande, a luz, para mim, é sinónimo de algo bom.
Penso que talvez seja assim para outras pessoas.
Agora o mais importante no meio disto tudo, é se conseguimos ver ou vislumbrar a luz que temos dentro de nós.
Para a encontrar, é necessário unir, numa linha vertical, o nosso corpo, a nossa mente e o nosso espírito.
Então, a nossa linha torna-se brilhante e luminosa, alertando que algo divino existe em nós e muito para além de nós. Apontando o nosso caminho para essa iluminação.
- Sai outra bica ali para o centro…
- Não, não! Hoje quero só água!
- Água?
- Sim, dessa garrafa ali. É tão transparente que parece que nem está lá, só se nota a luz reflectida pela iluminação do balcão!
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Pál Szinyei Merse
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