Memória
- Há músicas, pormenores (desde cheiros a sabores) que produzem um “clique” na memória.
Tudo o que fizemos, observámos com mais ou menos atenção, tudo o que olhámos e tudo o que vimos, tudo o que ouvimos, enfim, rigorosamente tudo, fica registado em nós.
Acontece que, em dado momento, algo nos recorda um acontecimento a que nem sequer demos importância e, no entanto, ele aparece como um filme na nossa mente.
É incrível a quantidade de coisas que somos capazes de acumular sem o perceber.
É também evidente que isso traz vantagens, desde que sejamos capazes de seleccionar a nossa atenção.
- Mas isso é verdadeiramente difícil e, sobretudo, trabalhoso.
- São exercícios de paciência diários e de vigilância constante.
São exercícios que demoram tempo – geralmente anos – e que, à menor distracção, parecem escorregar para o princípio, para o primeiro dia das nossas tentativas.
Porém, quando passarem anos e olharmos para trás, estamos irreconhecíveis de nós próprios, mesmo sem ter alcançado a disciplina da atenção a que nos dedicamos.
- E chamas a isso o quê?
- Eu? Bem… posso chamar-lhe renovação de mim em mim!
.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home