Atitudes
Restos de matrículas, transferências, requerimentos, enfim, assuntos escolares a terminar as burocracias para começarem as aulas.
Novas turmas, novas camaradagens e grupos.
Novos livros, disciplinas e novos professores também.
Novos projectos e redimensionamento de interesses.
Ocupação de tempos mais ou menos livres.
Horários e disciplina (agora mental) para os cumprir.
Mas aparece sempre uma razão, uma desculpa, para não os cumprir.
A princípio é só um pequeno atraso de cinco ou dez minutos.
Depois quinze a trinta, seguidos da atitude de “já não vale a pena. Até é uma vergonha entrar agora!”
E a um dia seguem-se dois ou três, ou uma semana e o relaxe instala-se onde estavam sentimentos de disciplina e de correcção de atitudes.
Depois, se há falhas em algumas coisas, também não vale a pena o esforço para outras, até porque já ninguém acredita que se concretizem.
E está o espaço criado para o completo relaxe de atitudes.
Contudo, as coisas podem não ser assim.
Há sempre maneiras de voltar à correcção dos modos. De ser digno da confiança dos outros.
De ser digno de si mesmo e do esforço em melhorar.
E se alguém fala porque não sabe o que diz, pois que fale sozinho.
Também há pessoas que falam sem saber o que dizem e, um dia, acordam com novas perspectivas de si mesmos e das suas possibilidades.
Uma coisa é certa: todos (mas todos, mesmo!) somos capazes de ser melhores do que somos e bem melhores do que parecemos!
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Almada Negreiros
Mural (pormenor) da gare marítima da Rocha de Conde d'Óbidos em Lisboa
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