Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2007-03-09

Tempo

9 de março de 2007

Dia limpo, sol brilhando e o locutor anunciava chuva em todo o território nacional.
Da janela dava para pensar que, ou eu ou ele, não estávamos no mesmo território nacional.
Fui fazer as coisas de rotina obrigatória, logo pelo princípio da manhã, esquecendo, na pressa dos horários, as tais chuvas "nacionais".
Tão entretida andei que não voltei a olhar para o céu, até sentir frio.
Do calor aconchegante da primeira manhã, estava agora, pelo meio da manhã, a ficar cheia de frio.
Vesti o casaco e olhei então para o céu.

Não é que estava nublado? Lembrei o dito locutor e a previsão.
Nem dava para acreditar que, em poucas horas, o tempo tivesse sofrido uma reviravolta daquelas.
E, despreocupada, não tinha trazido nada para a apregoada chuva.
- Olha, às vezes é bem feito! Foste avisada e sorriste incrédula. Não acreditaste que tudo está sempre em mudança...
- Mas logo tinha de ser para pior?
- Pior ou melhor. Porque as terras já precisam de água. Para uns serve agora, para outros serve depois, quando quiserem comer os produtos dessa terra regada.
- Bem regada, vai ser, parece-me agora a mim.
- E bem te empresto eu o guarda-chuva quando fores almoçar. Que dizes?
- Obrigada! Que houvera de dizer?
- De nada servem os avisos se quem pode ouvir, não o quer fazer. Em contrapartida, outros há que levariam em conta os avisos que não têm.
A verdade é que todas as coisas parecem ter o seu tempo justo, apesar de tudo.
Mas também é verdade que isso, na maioria das vezes, só se nota mais tarde
.