Médicos
8 de março de 2007
Hospitais, camas metálicas, macas, doentes, familiares e médicos.
Muito barulho e, por vezes, demasiado silêncio.
Os médicos são os grandes administradores de tudo isto.
Da sua consciência e dos seus conhecimentos dependem as vidas - oh, tantas e tantas vidas - que lhes passam pelas mãos.
Deles dependem os diagnósticos individuais, mais do que a leitura de análises e outros exames.
Deles dependem pessoas que, pelo facto de estarem doentes e com mau aspecto, não deixam de ser pessoas.
Pessoas que chegam a parecer farrapos numa cama.
Pessoas de quem ainda dependem outros indivíduos.
As camas tornam-se enormes para seres humanos que vão mirrando lentamente, pelos anos, doenças ou maus-tratos.
Pessoas que choram (e gritam) sem abrir os olhos, em sonhos ou no seu sono, também cheio de dores e sofrimento.
Por vezes dão-se remédios excessivos e calmantes, porque não se tem tempo para a devida atenção.
Mas tanto fármaco acalma o sofrimento e o doente até consegue voltar a sorrir.
Por vezes os tratamentos conseguem calar gritos incessantes de dor.
Mas as dores existem e agora são gemidos abafados e lágrimas que deslizam de rostos que dormem.
Deve ser das profissões mais sublimes e há médicos que velam a sua vida inteira, em desvelo dedicado pelos seus semelhantes.
A esses um agradecimento especial e felicitações por assegurarem valores elevados na ética das suas vidas, e pelas vidas dos outros que recebem o seu carinho profissional.
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