Contas em dia
7 de março de 2007
Flores e mais flores.
Pequenas, totalmente abertas, em botão.
Ou de pé alto e aos molhos.
As floristas têm uma característica: uma loja ou espaço onde assomam a beleza das flores, em qualquer época do ano.
A beleza dos arranjos que fazem a gosto próprio, com a melhor arte.
O cuidado com que arranjam as flores em bases aguadas, molhadas ou húmidas, ou em vasos com terra, conforme a necessidade.
Enfim, uma actividade que obriga a levantar cedo para encontrar do melhor, nos mercados.
Abertas todos os dias e, por vezes, em sítios que têm horário prolongado - mas uma actividade agradável.
Tanto fazem arranjos para felicitações, como para acompanhar os defuntos à sua última morada. Num caso ou no outro, lembro-me sempre duma frase sobre a "felicidade que é poder ter as contas em dia com a nossa consciência".
De facto, para morrer basta estar vivo.
Não é preciso estar doente ou ser velho.
Basta, tão somente, estar vivo.
E, para viver bem, basta estar bem com a sua consciência.
Mas quem é que não comete erros no dia-a-dia?
Quanto mais não seja, por relaxe, preguiça ou incúria, sem maldade explícita.
Todos falhamos de modo mais ou menos grave.
O problema reside em não notar ou observar o erro.
Porque isso implica continuar a errar pelas mesmas razões.
Mesmo se, analisando com cuidado, não o soubermos ultrapassar, não superarmos as nossas vontades instintivas nem compensarmos aqueles que lesamos.
Então a nossa evolução será nula e os anos passarão por nós como o vento.
E o vento não deixa as flores desabrochar, nem mostrar a sua beleza.
Apenas passa depressa demais...
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