Relações intemporais
22 de fevereiro de 2007
Famílias e amigos. Grupos de relações antiquíssimas em que os parentescos se substituem.
Os filhos são pais. Os pais são irmãos. Os amigos são filhos. Os irmãos são amigos.
Os casamentos também se transferem no grupo que, por vezes, se dilata com a entrada de mais um ou dois.
Isto tudo acontece em fracções da unidade de tempo.
- Estão a ver? Porque tudo é sempre a unidade, ou união, ou reunião no todo
- Como os mosqueteiros?
- Sim, sim! O lema: um por todos, todos por um!
- Bom... acho que tem razão... em parte.
- Em parte? Se tudo vai dar ao todo, então pode considerar-se a resposta certa, não é?
- Bom... eu queria dizer... talvez.
- Talvez... não conta, pois não?
- Talvez, porque já estamos a divagar outra vez do tema principal - as relações do passado e do presente que se interligam.
- Ah, era disso que estávamos a falar.
- Eu explico melhor: imagine que o seu pai foi meu irmão, você foi meu pai e que eu casei com a sua irmã, que era sua filha.
- Hã?!?
- Era disto que estávamos a falar. Relações intemporais do grupo, que se reconstituem em parcelas do tempo. Do tempo comum e do eterno.
- Ha! Ha!
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