Instinto e serenidade
21 de fevereiro de 2007
- A terra tremeu!
- Pois tremeu. E treme constantemente. As pessoas é que não sentem. Senão, como era?
- Ficavam a chorar ou saíam a fugir. É o instinto de sobrevivência.
- Pois esse instinto, às vezes, é uma porcaria.
- Perdão?
- Uma bodega! Por causa dele, atropelam-se as pessoas a querer fugir para qualquer sítio.
Tem que se manter a serenidade. Apesar de não ser característica deste povo, deveriam todos aprender a raciocinar. Mesmo nas piores alturas.
- Eu vi isso num filme! Quem pensou com lógica, safou-se. Quem só quis fugir, "saiu da frigideira para cair no lume".
- É mais ou menos isso. A ideia está certa.
- Sim, mas serenar, de qualquer modo, também implica ter esperança e fé.
- Mas são coisas distintas, não são?
- São até um certo ponto, porque uma e outra dão-nos calma e vontade de bem pensar e agir.
- Todos somos melhores - e piores - do que pensamos e até do que somos no dia-a-dia.
Dependemos dos desafios que temos na vida e nas nossas rotinas.
- Então é nas alturas mais difíceis que nos manifestamos como verdadeiramente somos. É isso?
- Sim. Aí é o tal instinto de sobrevivência mas é também a nossa personalidade, que se completa até ao inconsciente, a manifestar-se também.
- Esperemos e desejemos então que os nossos inconscientes sejam melhores que os conscientes.
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