Uma nova mãe
14 de fevereiro de 2007
Uma nova mãe. Porque estamos numa maternidade e porque ela foi mãe nestes últimos dias.
O bebé é menino e está bem. A mãe está sorridente.
Até que enfim!
Foi uma gravidez rabugenta. Tudo era uma trabalheira, um cansaço que só visto.
Ainda por cima, o outro filho adoecia muito da garganta.
Os trabalhos, a ela, pesavam-na muito porque não lhe dava jeito à barriga aquelas forças de empurrar carrinhos, como era preciso.
E pendurar-se nos escadotes para chegar às prateleiras mais altas - era mentira, pois com aquela barriga não via os degraus para descer e assustava-se de cair.
Um pandemónio de meses e de barriga.
Agora, linda mãe, pense na sorte de ter direito a médico e assistência!
Quantas e quantas novas mães não há, por esse mundo fora, que nem sabem que há médicos para ajudar a dar à luz, quanto mais hospitais?
Sítios em que as mulheres ainda se juntam para ajudar.
Sítios em que se a mãe não tem leite, o filho não resiste.
Sítios em que até a água é escassa e pouco limpa, e nem sequer potável.
Sítios em que se come o que se consegue encontrar.
Por inacreditável que pareça, todos os anos são conhecidos mais redutos humanos em que a organização em tribo já seria um milagre de evolução.
Cada vez há mais refugiados a tentarem sobreviver.
O progresso há-de vir porque nada fica na mesma, e porque a evolução é sempre uma continuação na linha da vida.
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