Tempo justo
22 de dezembro de 2006
Areia barrenta, nalguns sítios parece barro e lodo.
E, ao longe, parece ser um pântano.
Mas aqui, ao pé de nós, ela é uma passagem para areia branca e seca, seguida de arbustos rasteiros mas esparsos.
Mais além, do lado contrário ao tal pântano, já se vêem flores do campo, rasteiras e bem coloridas.
Não há vento, nem brisa. Apenas sol forte e a sua quentura.
Caminhamos seguindo marcas de passos anteriores e deixando as nossas marcas para que os que vêm a seguir não se percam.
Eles apenas são visíveis na linha do horizonte, encobertos pela névoa do ar quente.
As pegadas acabaram porque a areia é agora uma estrada de terra bem calcetada.
Esta estrada é estreita e serpenteia vales e montes, um pouco como que pelo ar, pretendendo ir a direito.
Mas tem "sobes e desces" razoáveis e que, vistos ao longe, dão a impressão de a alargar até à duplicação.
Cansados e acalorados, não é uma visão fácil nem agradável.
Ninguém passa por lá a não ser nós e os que vêm lá atrás.
Não sabemos o seu destino, mas vamos segui-la pela razão mais simples: é a única!
E queremos sair deste calor e desta paisagem.
Alguém nos alerta que não podemos ter pressa.
Que é preciso passar as coisas da nossa existência no tempo justo que nos é dado.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home