O poder da evolução
19 de dezembro
Frio e mais frio. Chuva e vento.
As extremidades geladas; pés, mãos e até o nariz e as orelhas.
O cabelo parece que tem neve. Mas é só mesmo o frio.
Passam outros por nós, uns com bons casacos, outros com o casaco normal e curto. Outros ainda apenas com camisola.
E todos têm o mesmo ar de frio. Dos mais agasalhados aos outros sem nada.
Todos caminham apressados até um sítio quente.
Quando éramos pequenos, a televisão era ainda uma novidade e só alguns é que a podiam comprar.
A maioria juntava-se nas montras e cafés para ver um bocadinho de qualquer coisa.
Tudo era novidade. Lembro-me da primeira viagem à Lua.
A maior parte das pessoas achava que era uma encenação, uma brincadeira.
Hoje, isto parece mesmo que foi no século passado.
E foi, mas não há 100 anos. Foi só há umas dezenas de anos atrás.
Apesar dos dias frios - ou gelados, como quiserem - as pessoas esperavam pelos programas.
Pois é verdade que estava e está tudo muito atrasado. Mas tudo também vai andando.
E o ritmo do progresso é cada vez mais rápido.
Às vezes dá a impressão que é preciso atingir uma meta que já deveria estar mais próxima do que está. Para isso, teremos que estugar o passo senão poderemos perder a meta...
Qual será essa meta, a das nossas vidas?
Será que um mundo tecnicamente tão avançado poderá promover o avanço mental das pessoas, à força, num tempo urgente?
Tal como aconteceu com os inventos no passado... e com a dita primeira viagem à Lua.
Foi o tal pequeno passo na Lua que provocou o grandioso passo que a humanidade iria ter que avançar.
Querendo ou não, será esse o poder da evolução.
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