Cada minuto
18 de dezembro de 2006
Ruas escuras, lixos espalhados.
Animais que se habituaram a comer por ali e, ao mesmo tempo, comendo os restos, acabam por limpar as tais ruas escuras, onde ninguém vai.
Quem lá vai, fica!
Ficam-se pelas soleiras das portas, abandonando o corpo e a mente à bebedeira, à sujidade...
Aspecto repugnante, se fossem vistos à luz do dia.
Pessoas mais sujas que os caixotes do lixo.
Alguns perguntam-se se já morreram; outros, simplesmente onde estão...
Mas, na realidade, eles continuam lá. Só que estão a ser amparados pelas luzes do auxílio.
Da higiene, da limpeza, dos remédios para os estados febris. Do agasslho e da comida quente ou da bebida aquecida.
O conforto do calor, da comida, da amizade... Sim, é isso mesmo!
Esta luz que agora apareceu nos candeeiros da rua, há muito apagados, é a luz que extravasa dos corações.
Dos nossos corações por todos vós.
A vida não é para esperar a morte. É para se viver.
Viver do modo mais digno possível.
Do modo mais brilhante que o amor pode dar.
Brilhando na vida pela alegria de dar boas palavras, de bem fazer até só que seja com um sorriso. Merecer viver cada minuto.
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