Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2006-12-18

Cada minuto

18 de dezembro de 2006

Ruas escuras, lixos espalhados.
Animais que se habituaram a comer por ali e, ao mesmo tempo, comendo os restos, acabam por limpar as tais ruas escuras, onde ninguém vai.
Quem lá vai, fica!
Ficam-se pelas soleiras das portas, abandonando o corpo e a mente à bebedeira, à sujidade...
Aspecto repugnante, se fossem vistos à luz do dia.
Pessoas mais sujas que os caixotes do lixo.
Alguns perguntam-se se já morreram; outros, simplesmente onde estão...
Mas, na realidade, eles continuam lá. Só que estão a ser amparados pelas luzes do auxílio.
Da higiene, da limpeza, dos remédios para os estados febris. Do agasslho e da comida quente ou da bebida aquecida.
O conforto do calor, da comida, da amizade... Sim, é isso mesmo!
Esta luz que agora apareceu nos candeeiros da rua, há muito apagados, é a luz que extravasa dos corações.
Dos nossos corações por todos vós.
A vida não é para esperar a morte. É para se viver.
Viver do modo mais digno possível.
Do modo mais brilhante que o amor pode dar.
Brilhando na vida pela alegria de dar boas palavras, de bem fazer até só que seja com um sorriso. Merecer viver cada minuto.