O julgamento de si mesmo
15 de dezembro de 2006
Escritos antigos dizem que "não finja ser o que não é, nem recuse ser o que é" num lúcido apelo à realidade de cada um.
No entanto, continua a ser das coisas mais difíceis.
Para começar, é rara a pessoa que sabe avaliar-se com dignidade.
A maior parte ou peca por excesso ou por menosprezo de si próprio.
Torna-se necessário um certo afastamento de si mesmo e tal atitude já é, em si, uma dificuldade. Por outro lado, o julgamento de si mesmo é sempre sentimental.
E sempre um exagero, ou por excesso ou por defeito, novamente.
Resumindo: vai dar tudo ao mesmo, às mesmas razões e dificuldades.
Em contrapartida, todos temos uma enorme facilidade em criticar, e até em julgar os outros.
E em tempo instantâneo. Sem dúvidas e cheios de vontade para tarefas desse género.
Há ainda outras razões para não interpretar correctamente a realidade de cada um.
É que todos mudamos a cada instante, a cada acontecimento.
Somos o que somos, mais o que nos adaptamos a ser a cada exigência do dia-a-dia.
Seres em auto-transformação e transferência de valores pessoais.
Seres em constante evolução, mais ou menos racional.
Todos somos seres em mudança.
Possam essa mudanças ser sempre para melhor.
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