Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2006-12-09

Dificuldades

9 de dezembro de 2006

Eles dão a volta à rotunda, passam a bomba de gasolina e viram logo a seguir à direita.
Sobem a rampa, passam pelo ginásio e procuram lugar para estacionar.
Como é ela que conduz, não quer ficar na rampa inclinada por causa das mudanças e manobras.
- Pois são... são mais difíceis e não só. Geralmente, com os nervos, o carro vai abaixo.
- Por causa da rampa... quem é que te deu a carta?
- Ai, ai... não gosto e pronto! Se posso escolher, escolho o mais fácil. Está feito! Este é em espinha!
- Realmente... até tenho vergonha de comentar isto!
- Então não digas nada, que não vale a pena!
- Não consigo! Mas tu ainda não percebeste que se tens dificuldade numa coisa, o que tens a fazer é treiná-la até ser fácil?
- Ai... hoje o dia vai ser bom!
- Pois vais ouvir, vais! Olha, eu ajudo-te! Volta atrás e estaciona na rampa!
- Está tudo doido! E eu já estou atrasada!
- Fica para logo, à saída! Isto é fácil! Deves ter apanhado medo...
- Pois foi, fiquei várias vezes a tocar no da frente e no de trás. E uma das vezes o condutor estava lá e não gostei nada. Se ele quisesse, inventava riscos e eu tinha que pagar. Até porque estava parado. Motor desligado e tudo!
- Mais uma razão para treinares visto ser uma manobra que, mais dia menos dia, será precisa!
- Logo... logo, talvez!
- Não te deixo escapar, nem a ti nem ao carro!
Voltando - e depois de um dia de trabalho - lá fez o treino prometido e conseguiu ultrapassar o medo.
Aprendeu também que deveria enfrentar os problemas e resolvê-los antes que se tornassem castelos de medo no ar.
- Vês? Pés na terra e, já agora... no travão!