Barulhos
30 de novembro de 2006
Barulho de chávenas e afins - pires, colheres, moinho de café.
Isto quer dizer que estamos perto de um café. E da "civilização".
Nada disso!
Devem estar coisas dessas, ou semelhantes, nas sacolas que o animal leva.
O viajante surge risonho e conduz o bicho pelas correias, na direcção da estrada de saída. Precisamente a mesma que nos serve de entrada.
Nem sempre o mais desejado (neste caso um cafezito e comida) é o que aparece.
Também nem sempre o que parece, assim é.
Às vezes dá impressão de vivermos numa miragem dentro da paisagem que nos rodeia.
Quantas vezes dizemos "isto não é possível estar a acontecer" ou "como é que isto está aqui...?"
Entre a semelhança e a realidade parece que estamos flutuando.
E a realidade incrível é também a mais possível de acontecer.
Sem loucuras nem dramas, o que é menos esperado chega, e nós podemos aceitar (ou não) essas variações da rotina e da vida.
Podemos estar atentos (ou não) ao que se vê além do que está à vista.
Ou do silêncio que se ouve além do barulho. Ou do que se sente diferente do que os outros sentem.
Já Jesus dizia "quem tem ouvidos para ouvir que oiça, quem tem olhos para ver, que veja!".
Isto há 2006 anos, pelo nosso calendário.
Haverá ainda alguém que não perceba, além de entender?
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