Compras
8 de novembro de 2006
Flores e mais e mais flores nas águas junto à costa deste país à beira-mar.
Flores de todas as cores, a boiar, sem caule.
Do meio delas saltam peixes pequenos e as gaivotas atrás deles sem dó nem piedade.
É a lei da sobrevivência.
Elas vão despreocupadas às compras, nem sabem do quê.
Mas muitas mulheres são assim. As compras são uma espécie de janela nas suas vidas.
Um pouco ociosas, pensando bem.
Os homens, hoje, mais que antigamente mas, mesmo assim, não tanto.
Há um não sei quê de estilo feminino nas compras.
Além de uma capacidade extra para os pormenores e a beleza.
Uma especial capacidade de ver um objecto simples e imaginá-lo em outro sítio, a valorizar esse lugar ou alguém a usá-lo.
Sem dúvida que eles são mais austeros de costumes e, talvez por isso, as grandes lojas de "marca" tenham os artigos para homem com qualidade de maior duração ou conservação.
E elas chegaram agora à praceta, cheia de cafés e esplanadas.
Mas o tempo urge, as lojas vão fechar.
Depois é almoço e seguem para as lojas do centro comercial, ali já ao fundo da rua.
Montras e sacos de compras. Os cartões de crédito já vão esvaziando.
O mês é longo para as despesas extra. As famílias ressentem-se mas estão todas mais "à moda".
Até a casa está.
Conforto e boa vida, com jantares de amigos, têm hoje em dia preços muito altos.
Para uns valem a pena.
Para outros, menos abonados de crédito financeiro, nem sempre valem sequer um sorriso em casa.
Equilíbrio e medida em tudo, é necessário.
E esse sim, é verdadeiro conforto.
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