Caminhando, sem pressa
10 de novembro de 2006
Aí estão os miúdos, rampa abaixo.
Um escorregou que só visto.
Neve por todo o lado - verdadeira e artificial em grande quantidade. Macia, suave e... gelada.
Focas pequenas, por todo lado. São simpáticas e gostam muito de brincadeiras.
Tão malucas como os miúdos, agitados e exaustos de tanta correria pelas rampas.
No fim, um banho fresco, fresquinho.
O sol do fim do dia ilumina suavemente a promover a despedida.
Cheios de pena, mal saem parecem que vão cair para um sono profundo.
Embalados no transporte, já sonham e sorriem ao mesmo tempo.
É bom sinal. São sonhos e recordações felizes.
Vão alegrar os próximos dias e comparar os próximos invernos.
Muitos anos depois, já velhos, estas são o tipo de recordações que ajudam a viver as agruras da vida que resta. Nesta altura já se vão indagando se também se levam as lembranças desta vida para a vida além da morte.
Estão perto deste tempo que desejam ser de fronteira, nunca de fim.
É impossível que toda a sua vida, os seus sacrifícios e alegrias tenham sido em vão.
Fechar os olhos não pode ser o fim de tudo.
Deve ser apenas um rio a transpôr, ou uma porta a abrir para outra paisagem.
Outro sol concerteza os iluminará. Outros ideais os guiarão.
Outro mundo os acolherá e ensinará o resto que precisam aprender.
Batem à porta do quarto. - Jantar! Bom, bom, já tinha fome!
Tanto pensamento cansa e desperta a curiosidade, mas não dá pressa. Não... não!
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home