Escritos de Eva

Aqui Eva escreve o que sonha e - talvez - não só. Não tem interesses de qualquer tipo nem alinhamento com sociologias, política, religião ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Estes escritos podem servir de receita para momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Alguns poemas ou textos... Algumas imagens ou fotos... Mulheres e homens, crianças e idosos podem ler Eva e comentar dando a sua opinião.

2006-11-10

Caminhando, sem pressa

10 de novembro de 2006

Aí estão os miúdos, rampa abaixo.

Um escorregou que só visto.
Neve por todo o lado - verdadeira e artificial em grande quantidade. Macia, suave e... gelada.
Focas pequenas, por todo lado. São simpáticas e gostam muito de brincadeiras.

Tão malucas como os miúdos, agitados e exaustos de tanta correria pelas rampas.
No fim, um banho fresco, fresquinho.
O sol do fim do dia ilumina suavemente a promover a despedida.

Cheios de pena, mal saem parecem que vão cair para um sono profundo.
Embalados no transporte, já sonham e sorriem ao mesmo tempo.

É bom sinal. São sonhos e recordações felizes.
Vão alegrar os próximos dias e comparar os próximos invernos.
Muitos anos depois, já velhos, estas são o tipo de recordações que ajudam a viver as agruras da vida que resta. Nesta altura já se vão indagando se também se levam as lembranças desta vida para a vida além da morte.
Estão perto deste tempo que desejam ser de fronteira, nunca de fim.
É impossível que toda a sua vida, os seus sacrifícios e alegrias tenham sido em vão.

Fechar os olhos não pode ser o fim de tudo.
Deve ser apenas um rio a transpôr, ou uma porta a abrir para outra paisagem.
Outro sol concerteza os iluminará. Outros ideais os guiarão.

Outro mundo os acolherá e ensinará o resto que precisam aprender.
Batem à porta do quarto. - Jantar! Bom, bom, já tinha fome!
Tanto pensamento cansa e desperta a curiosidade, mas não dá pressa. Não... não!