As imagens
Aparências, modas, roupas, penteados.
As figuras individuais produzem, em cada um de nós, juízos de valor sobre as pessoas que se vão conhecendo.
Aos primeiros gestos... e já estamos a definir a pessoa que encontramos.
O problema é que essas ideias quase nunca correspondem à realidade.
Isto porque é improvável que, em instantes, se dê uma imagem acertada de si mesmo.
O que é dado é uma imagem do modo de estar na vida, naquele momento.
Se está apressado ou distraído, lento ou ágil, satisfeito ou enervado, etc.
Mas o íntimo de cada um, às vezes, nem o próprio o conhece.
Do mais desagradável de si mesmo há um desvio, quase imediato e subtil, para outras questões.
Poucos são os que analisam o seu interior e o tratam onde deve ser tratado.
Porque só nesses casos é que esse interior fica à vista de quem quiser observar.
Geralmente estamos muito aquém do que gostaríamos de ser. Ou até do que “certamente” queremos ser.
Resta um vazio, um autêntico deserto em nós, quando vemos fundo, lá bem dentro de nós, o que sentimos em relação a cada pormenor que se atravessa na nossa vida.
O que sentimos, mesmo sem querer. Afinal qual é verdadeiramente o nosso nível moral?
Algures vi, ou li, que a nossa evolução moral depende de seguir o que nos distingue de melhor, porque o que nos assemelha aos outros deixa-nos nesse nível.
O que nos assemelha, ou assemelhou algures, deve servir para compreender os outros e dar-lhes a mão para os ajudar a seguir.
Porque todos seguimos sempre em frente, apesar de ser por diferentes modos.
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Imagem retirada da net
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