A liberdade conseguida
15 de junho de 2007
Uma cidade no meio do areal!
Sabem o que é um areal infinito?
Pois é aí mesmo! No que se costuma chamar «deserto».
No meio do bege erguem-se muros altos e imponentes e, lá dentro, floresce uma cidade inteirinha.
Toda branca, brilhante e impecavelmente branca.
Não há branco comparável àquele.
A luz do sol a bater nas paredes, ou nos muros, encandeia quem olha directamente.
Difícil explicar! O que é explicável é que a cidade está sem qualquer movimento, vazia nas ruas e nas praças.
Parece que tinha havido um crime horrendo, a sangue frio, e todos se recolheram em casa, fechados, sem deixar entrar luz em sinal de tristeza e amargura.
Tinham morto uma mulher, aparentemente querida de todos, ou melhor, de quase todos, porque os que a mataram foi pelo poder, não foi por amor.
Deixou dois filhos, uma menina criança e um menino bebé de mais ou menos dois anos.
A pequenina fez da coragem o seu estandarte.
O bebé, conforme cresceu, foi aumentando o seu ódio pelos assassinos e foi o herdeiro da mãe.
Os dois filhos ergueram-se em solidão interior.
Mas hoje a cidade, outra vez de aparência vazia, está no seu tempo de perdão.
No tempo justo de passar pelo arco do fim das culpas e do esquecimento.
A luz que brilha é a da nova oportunidade, de novos tempos felizes.
É conhecida como a luz da liberdade conseguida.
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